A Escrita Grega no Império Romano

Recepção e Transmissão

José C. Baracat Jr. & Maria Aparecida de Oliveira Silva (orgs.),
Porto Alegre: Editora UFRGS, 2020

Descrição

A língua grega não perdeu sua importância com a ascensão de Roma. Não apenas continuou a ser o principal idioma de expressão intelectual nas regiões conquistadas por Alexandre, o Grande, como também se inseriu no coração do mundo romano, onde não poucos a falavam e nela preferiram escrever suas obras. Atentos à importância da língua grega durante toda a Antiguidade, bem como à escassez no Brasil de estudos sobre autores que escreveram em grego durante o Império Romano, o primeiro objetivo desta coletânea, assim, é oferecer uma amostra da riqueza intelectual desse período através de estudos que não apenas escreveram em grego, mas também deram continuidade à tradição literária, filosófica e historiográfica grega. No entanto, a leitura das obras desses autores revela muito mais do que mero continuísmo: revela a cultura multifacetada de sua época, com novas perspectivas narrativas e conceituais, novos problemas e novas respostas para os antigos. O arco temporal coberto pelos autores presentes neste livro vai do primeiro ao terceiro século da era cristã. Também é interessante notar que os autores pertencem a regiões distintas do Império Romano, aportando à tradição grega seu contato com diversas culturas, como a egípcia, a judaica e a síria, além da romana, obviamente. Nessas circunstâncias, A Escrita Grega No Império Romano se volta para a articulação das diferentes perspectivas que constituem a literatura, a filosofia e a historiografia produzidas no Império Romano, e que denotam a pluralidade peculiar do período. Enfim, A Escrita Grega No Império Romano tem como objetivo levar ao leitor interessado pela riquíssima e variegada produção cultural em língua grega no Império Romano debates atualizados sobre o diálogo que os autores desse período travaram com a tradição anterior a eles, bem como as apropriações que dela efetuaram. Ao percorrer os caminhos propostos pelos autores, percebemos a diversidade teórico-metodológica de suas reflexões, que têm como objetivo contribuir para reflexões sobre esse período ainda pouco explorado pelos estudos clássicos brasileiros.

(Texto da editora)

Índice

Prefácio

Memória, dicção e escrita grega no Império Romano   7

Franscisco Marshall

Apresentação 21

Os organizadores

Saulo de Tarso (ou Paulo): poucas certezas de uma história incerta   27

Moisés Olímpio-Ferreira

Eros e o amor em Plutarco    49

Maria Aparecida de Oliveira Silva

Epictetus’ áskēsis and its theological dimension   69

Krzysztof Łapiński

Elio Aristides: el sofista enfermo y el elixir de la palabra    87

Pilar Gómez Cardó

O mundo dos mortos em Das narrativas verdadeiras, de Luciano de Samósata   111

Lucia Sano

Filóstrato e a Vida de Apolônio de Tiana: entre biografia e romance   133

Pedro Ipiranga Júnior

Bábrio e a fábula pedagógica   157

Maria Celeste Consolin Dezotti

Percursos mitográficos em busca de fontes para uma Biblioteca   179

Luciene Lages

Homero filósofo em Máximo de Tiro    199

Bernardo Lins Brandão

Diogenes Laertius and Platonism    217

John Dillon

Imanência, apesar da transcendência em Plotino   233

José C. Baracat Jr.

Sobre os autores  251

Link

https://lume.ufrgs.br/handle/10183/216906?locale-attribute=en

 

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